Até o momento, nem Seminf nem Seinfra tomaram uma providência para recuperar a ponte
– foto: Ione Moreno
Após o desabamento da ponte do Tarumã, na Zona Oeste da cidade, moradores e comerciantes estão reclamando dos prejuízos que tiveram. A ponte, que desabou na tarde desta terça-feira (19), durante a forte chuva, fez com á água invadisse muitas casas e acabou cedendo parte da via de acesso à Vivenda Verde.
Na manhã desta quarta-feira (20), a área encontrava-se isolada para evitar acidentes.
O comerciante João Augusto de Oliveira, 55, conta que perdeu muitas mercadorias além de objetos pessoais que se encontravam no mercadinho. Segundo ele, em dias de chuva forte, o local sempre alaga, mas nunca chegou ao ponto de invadir suas mercadorias.
“Minha preocupação agora é no prejuízo que vou ter daqui pra frente, porque ninguém deu um posicionamento de como essa área vai ficar. Precisamos de uma solução urgente, pois, é daqui que sustento minha famílias”, disse.
Moradora da área há mais de 20 anos, a dona de casa Ezenilda Farias, 58, disse que, até agora nenhuma posicionamento das autoridades competentes foi dado às famílias.
Os moradores e os comerciantes reclamar que na semana passada, durante a chuva, quando parte da ponte começou a rachar, eles chegaram a procurar a prefeitura para informar o ocorrido, porém não tiveram nenhuma resposta.
“Nós reclamamos para prefeitura e eles disseram que não tinha comprometido a estrutura. Hoje, a chuva cedeu a ponte e terminou o serviço”, disse uma moradora.
Em nota a Secretaria Municipal de infraestrutura (Seminf) informou que a rodovia AM-450, conhecida como ponte do Tarumã, é de responsabilidade do governo do Estado, que já possui um programa, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), para resolver definitivamente o problema do local.
De acordo com a nota, a ponte foi construída pelo antigo Departamento de Estrada e Rodagem, no circuito São Jorge-Ponta Negra-Tarumã. Hoje, o local já faz parte da área urbana de Manaus. Um programa do governo do Estado fará a modificação da área para resolver de forma permanente a situação, além de remover as famílias do local.
Procurada pela reportagem, a Seinfra informou, por meio de sua assessoria, que chegou a enviar, na tarde de ontem, técnicos para verificar a situação do local, porém, ao chegar lá, a equipe constatou que o problema não é de competência do órgão e sim da prefeitura.
Enquanto Estado e município não chegam a um acordo sobre quem deve resolver o problema, que sofre é a população, que fica saber a quem recorrer.
